Há muito tempo
eu escutava falar do Truman Capote, de ele ser o tal precursor do Jornalismo
Literário, isso me gerou uma vontade de ler algo dele, a primeira coisa que nos
indicam é o livro Bonequinha de luxo. Procurei, procurei, procurei e achei.
Para minha boa
surpresa o livro é dividido em quatro contos, o que dá nome ao livro e mais Uma
casa de flores, Um violão de diamante e Memória de Natal.
Para mim, para
quase todos também, o melhor deles é Bonequinha de Luxo, este ganhou inclusive
uma adaptação para o cinema, em 1961, tendo a linda da Audrey Hepburn como
protagonista.
Com uma
escrita cheia de detalhes, aliando a reportagem com recursos literários, Capote
nos envolve em uma história muito bem contada, com uma personagem singular, em
que ao mesmo tempo que nos causa estranheza, pelo modo de vida, nos cativa a
cada linha.
A personagem
principal, Holly Golightly, é uma jovem que vivia em uma fazenda, casou-se aos
14 anos, algum tempo depois fugiu para tentar a sorte como atriz em Hollywood.
Se instala em Nova York , buscando se
arranjar com algum milionário, mas torna-se uma garota de programa que esbanja
personalidade. Por essas indas e vindas ela conhece seu vizinho do andar de
cima do prédio, Paul, um aspirante a escritor, com ele Holly edifica uma forte
amizade, que perdura até o final da história.
Uma coisa mais
pessoal minha, que eu super me identifiquei com Holly, por conseqüência salvei
o livro como favorito no meu coração, foi a personalidade dela de não se apegar
a nada ou a ninguém. Não sou tão desapegado como ela, mas nasci com um
percentual grande desse traço da personalidade dela.
Capa do Livro (Edição Companhia das Letras) e um frame do filme, com Andrey Hepburn beirando a perfeição ao incorporar a personagem |
Sinopse do
Livro: Em Bonequinha de Luxo, novela de 1958, escrita com mão levíssima, o
escritor norte-americano Truman Capote acompanha as estripulias de Holly Golightly,
a jovem que escapa da vida besta do interior para tentar a sorte na Nova York
dos anos da Segunda Guerra. Moça de hábitos e horários nada ortodoxos, Holly
põe em polvorosa uma galeria de personagens que vai de um mafioso preso a um
escritor inédito, passando por um fotógrafo japonês, uma modelo gaga e uma
cantora rouca – para não falar de um certo diplomata brasileiro. Tudo isso sem
abandonar a visão de uma vida de luxo, calma e volúpia, se possível bem longe
do Texas e bem perto da joalheria Tiffany’s. Celebrizada nas telas de cinema
por Audrey Hepburn no filme homônimo de Blake Edwards, Holly é uma das criações
mais felizes de Capote, mistura inextricável de ninfa diáfana e moça roçuda,
tão viva e sedutora hoje como quase meio século atrás.
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