23 de maio de 2012

Bonequinha de Luxo, um luxo de livro



Há muito tempo eu escutava falar do Truman Capote, de ele ser o tal precursor do Jornalismo Literário, isso me gerou uma vontade de ler algo dele, a primeira coisa que nos indicam é o livro Bonequinha de luxo. Procurei, procurei, procurei e achei.
Para minha boa surpresa o livro é dividido em quatro contos, o que dá nome ao livro e mais Uma casa de flores, Um violão de diamante e Memória de Natal.
Para mim, para quase todos também, o melhor deles é Bonequinha de Luxo, este ganhou inclusive uma adaptação para o cinema, em 1961, tendo a linda da Audrey Hepburn como protagonista.
Com uma escrita cheia de detalhes, aliando a reportagem com recursos literários, Capote nos envolve em uma história muito bem contada, com uma personagem singular, em que ao mesmo tempo que nos causa estranheza, pelo modo de vida, nos cativa a cada linha.
A personagem principal, Holly Golightly, é uma jovem que vivia em uma fazenda, casou-se aos 14 anos, algum tempo depois fugiu para tentar a sorte como atriz em Hollywood.
Se instala em Nova York, buscando se arranjar com algum milionário, mas torna-se uma garota de programa que esbanja personalidade. Por essas indas e vindas ela conhece seu vizinho do andar de cima do prédio, Paul, um aspirante a escritor, com ele Holly edifica uma forte amizade, que perdura até o final da história.
Uma coisa mais pessoal minha, que eu super me identifiquei com Holly, por conseqüência salvei o livro como favorito no meu coração, foi a personalidade dela de não se apegar a nada ou a ninguém. Não sou tão desapegado como ela, mas nasci com um percentual grande desse traço da personalidade dela.

Capa do Livro (Edição Companhia das Letras) e um frame do filme,
com Andrey Hepburn beirando a perfeição ao incorporar a personagem

Sinopse do Livro: Em Bonequinha de Luxo, novela de 1958, escrita com mão levíssima, o escritor norte-americano Truman Capote acompanha as estripulias de Holly Golightly, a jovem que escapa da vida besta do interior para tentar a sorte na Nova York dos anos da Segunda Guerra. Moça de hábitos e horários nada ortodoxos, Holly põe em polvorosa uma galeria de personagens que vai de um mafioso preso a um escritor inédito, passando por um fotógrafo japonês, uma modelo gaga e uma cantora rouca – para não falar de um certo diplomata brasileiro. Tudo isso sem abandonar a visão de uma vida de luxo, calma e volúpia, se possível bem longe do Texas e bem perto da joalheria Tiffany’s. Celebrizada nas telas de cinema por Audrey Hepburn no filme homônimo de Blake Edwards, Holly é uma das criações mais felizes de Capote, mistura inextricável de ninfa diáfana e moça roçuda, tão viva e sedutora hoje como quase meio século atrás.

0 comentários:

Postar um comentário