8 de junho de 2012

A gente faz tudo pelo bukowski


Foi na minha volta para casa, depois de quatro dias massacrantes do vestibular UFRGS 2012, eu não havia conferido o gabarito ainda, já estava disponível. Mas eu não queria antecipar minha decepção. Sabia que tinha ficado nas médias, assim como um monte de gente, média não basta pra você entrar na UFRGS.
Então decidi que iria passar em algum desses pontos, vulgo pequenas livrarias, de rodoviária. Cheguei, comprei a passagem, esperava voltar de malas prontas em alguns meses, mas isso não ocorreu. Faltavam uns 45 minutos para o ônibus partir, entrei na livraria próxima ao ponto de desembarque para matar o tempo.
Olhei, olhei de novo, meu foco era Bukowski, mas para minha infeliz surpresa só havia uma obra dele, era cartas na rua, vamos com essa então né. Andei daqui pra lá nos 5 m² do estabelecimento, saquei uma revista alfa do mês anterior e levei essa também.
Passei no caixa, peguei o troco em balas, faltavam 7 minutos. Fiz o percurso até a plataforma de embarque, mas na metade do caminho eu vi outra livraria. Minha caipirice não se lembrava desse fato. 6 minutos. Entrei, não vai dar tempo, era o que eu pensava.
Imagino que tenham pensado que eu era um saqueador, entrei meio louco, aquilo parecia um ninho de livros do bukowski, girei duas vezes a estante, peguei 3 livros do buk, agora já estou íntimo e um do niet. 3 minutos. Fim de papo, passei no caixa, já tenho bala, quero moedas, moedas. 1 minuto e meio. Correr.

Para provar que eu não estou mentindo

Cheguei a tempo, a sorte é que um monte de gente estava voltando do vestibular e as malas ainda estavam sendo inseridas no bagageiro. Entrei, poltrona 19, com a mochila alguns gramas mais pesada e com a consciência mais leve.

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