Foi na minha volta para casa,
depois de quatro dias massacrantes do vestibular UFRGS 2012, eu não havia
conferido o gabarito ainda, já estava disponível. Mas eu não queria antecipar
minha decepção. Sabia que tinha ficado nas médias, assim como um monte de gente,
média não basta pra você entrar na UFRGS.
Então decidi que iria passar em
algum desses pontos, vulgo pequenas livrarias, de rodoviária. Cheguei, comprei
a passagem, esperava voltar de malas prontas em alguns meses, mas isso não
ocorreu. Faltavam uns 45 minutos para o ônibus partir, entrei na livraria
próxima ao ponto de desembarque para matar o tempo.
Olhei, olhei de novo, meu foco era
Bukowski, mas para minha infeliz surpresa só havia uma obra dele, era cartas na
rua, vamos com essa então né. Andei daqui pra lá nos 5 m² do estabelecimento,
saquei uma revista alfa do mês anterior e levei essa também.
Passei no caixa, peguei o troco em
balas, faltavam 7 minutos. Fiz o percurso até a plataforma de embarque, mas na
metade do caminho eu vi outra livraria. Minha caipirice não se lembrava desse
fato. 6 minutos. Entrei, não vai dar tempo, era o que eu pensava.
Imagino que tenham pensado que eu
era um saqueador, entrei meio louco, aquilo parecia um ninho de livros do
bukowski, girei duas vezes a estante, peguei 3 livros do buk, agora já estou
íntimo e um do niet. 3 minutos. Fim de papo, passei no caixa, já tenho bala,
quero moedas, moedas. 1 minuto e meio. Correr.
Para provar que eu não estou mentindo |
Cheguei a tempo, a sorte é que um
monte de gente estava voltando do vestibular e as malas ainda estavam sendo
inseridas no bagageiro. Entrei, poltrona 19, com a mochila alguns gramas mais
pesada e com a consciência mais leve.
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