27 de julho de 2012

Músico lança livro sobre sua carreira


O músico Paulo Luiz da Silva, estará em Encantado no dia 30 de agosto para lançar o seu livro “Bastidores da Vida de um músico – Retrato de uma época”, o evento ocorre às 20h na Casa de Cultura Dr. Pedro José Lahude.
Imagens da carreira do músico ilustram a obra

No seu livro, Paulo conta a história de uma vida dedicada à música, um relato dos mais de 50 anos de carreira. “Escrevi sobre o meu envolvimento com o mundo da música, fatos pitorescos, histórias engraçadas, trágicas e tragicômicas”, conta o escritor.
Natural de Santa Cruz do Sul, o autor reside há 12 anos em Florianópolis, o livro foi lançado na capital Catarinense no dia 19 de junho.
“Morei 13 anos aqui, tenho uma ligação forte com a cidade, isso me motivou a lançar o livro aqui também”, explica Paulo, que dedicou um capítulo da obra intitulado “Encantos de Encantado”, para o município, relatando um pouco da sua vivência nos tempos em que trabalhava como Escrivão Judicial na Comarca de Encantado. O exemplar de 365 páginas será comercializado por R$ 38,00.

26 de julho de 2012

Autores Iluministas

Nossa, há alguns dias que eu não posto. Mas vamos lá, 1° eu vou dar alguma desculpa esfarrapada, 2° eu estou ocupado estudando para o vestibular. Nada mais natural do que eu trazer um tema do vestibular, pra fazer vocês acreditarem nessa minha desculpa, olha que gênio que eu sou.
Afinal, quem não gosta de Iluminismo? A igreja, essa é fácil, mas deixa quieto né, a gente gosta. Sem mais delongas eu não vou dizer pra vocês o que foi esse movimento/época porque vocês já devem saber, se não sabem uns 5 minutos no Google te colocam por dentro do assunto.
Razão, razão, razão, luz nas trevas e liberdade econômica, social e política. Esse era o principal foco de alguns autores que tem seu nome gravado no século XVIII.
Trago aqui uma lista com 7 caras e suas principais obras, talvez a galera nem leia, mas é bom saber no mínimo quais eram as principais ideias desse pessoal.

Os caras
John Locke (1632-1704), esse parceiro defendia a ideia de que o homem adquire conhecimento com o passar do tempo, não só conhecimento, mas convicções e conceitos, essas coisas que desde criancinha colocam na cabeça do ser humano, a velha história do azul é de menino e rosa é de menina, só que com uns assuntos mais complicados. Ou seja, todo mundo nasce zerado, isso explica umas paradas de preconceito e tal, desde lá mostrando que isso é errado.
Sua principal obra foi “Segundo Tratado do Governo Civil”, nesse trabalho ele defende que o homem tenha a vida, a liberdade e a propriedade como direitos naturais. Para preservá-los o homem estabelece um contrato entre governo e sociedade.
Citação: “Ao governante não lhe caberia jamais o direito de destruir, de escravizar, ou de empobrecer propositadamente qualquer súdito; as obrigações das leis naturais não cessam, de maneira alguma, na sociedade, torna-se até mais fortes em muitos casos”.
Montesquieu (1689-1755), gosto desse nome, mas é graças a ele, com uma ajudinha do Locke, que hoje temos a divisão do poder político em Legislativo, Executivo e Judiciário, é mole ou quer mais?
Sua obra principal foi “O Espírito das Leis”, onde ele sistematizou essa divisão de poderes.
Citação: “Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou a mesma corporação… exercesse esses três poderes: o de fazer leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes ou as desavenças dos particulares”.
Voltaire (1694-1778), esse é um dos mais compartilhados por revolucionários de sofá, mas ele merece o reconhecimento, defendia a liberdade de pensamento e sentava a lenha na intolerância religiosa.
Sua obra principal foi “Cartas Inglesas” onde criticou a Igreja Católica e os resquícios feudais, mas ele não era seguidor do tinhoso não, defendia a crença em um ser supremo, mas afirmava que este deveria ser buscado com a razão.
Agora vem a melhor parte, as citações sarcásticas e arrasadoras dessa fera, não consegui optar por uma só, coloquei três, se deliciem.
Citações: “Não concordo com uma única palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte o vosso direito de dizê-lo”; “O maior dos crimes, pelo menos o mais destrutivo, e conseqüentemente o mais oposto à finalidade da Natureza, é a guerra. E, no entanto, não há um agressor que não tinja essa malfeitoria com o pretexto de justiça”; “É proibido matar e, portanto, todos os assassinos são punidos, a não ser que o façam em larga escala e ao som das trombetas”.
Rousseau (1712-1778), não fecho em total com essa cara, mas ele também contribuiu muito, defendia a idéia de um estado democrático/igualdade para todos.
Sua principal obra foi “O Contrato Social”, nela ele criticou muito a propriedade privada, segundo ele foi ela quem introduziu a desigualdade entre os homens. Mesmo saindo um pouco da linha dos companheiros, nessa parte, ele se postava também contra o absolutismo e assim fechava com o grupo.
Citação: “A tranqüilidade também se encontra nas masmorras, mas é isso suficiente para que seja agradável o lugar em que se vive? Renunciar à liberdade é renunciar a ser homem”.
Diderot (1713-1784) e D’Alembert (1717-1783), essa dupla organizou uma enciclopédia e reuniu conhecimentos e pensamentos filosóficos da época.
A obra intitulada “A Enciclopédia”, resumiu as ideias iluministas de mais de 130 colaboradores. Nesse trabalho eles buscaram valorizar a razão e a ciência, em oposição a fé, e criticar a igreja católica e sua aliança com o estado absoluto.
Adam Smith (1723-1790), é o defensor do liberalismo econômico, seja lá o que isso signifique, é mais relacionado à economia, os guerrilheiros de sofá não citam ele, mas a principal obra dele foi “A. Riqueza das Nações”, considerada a Bíblia do Capitalismo. A gente só vive assim, livre pra comprar e vender as coisas, por causa dele.

6 de julho de 2012

Oh admirável mundo novo


Embasbacado, foi assim que fiquei após iniciar a leitura desse livro. Anestesiado, foi assim que eu finalizei a mesma. Não posso começar o texto sem postar a nota escrita na contracapa da edição que eu li.
“A vigorosa novela de Aldous Huxley sobre um aerodinâmico Éden sem alma é a mais brilhante, profunda e terrível evocação do futuro que nossa civilização possa vir a criar. Admirável Mundo Novo é a visão profética de Huxley do homem natural num mundo não natural, onde a liberdade jaz morta e todos nossos conceitos de moralidade são esquecidos. Um olhar franco e chocante a um amanhã aterrador e possível".
Capa do livro Admirável Mundo Novo, versão de bolso

O livro começa com uma pegada muito futurista, eu quero lembrar aqui que Huxley escreveu ele em 1931, muitos de seus avós nem eram nascidos. As situações em que os personagens se encontram, hoje em 2012, podem ser até imaginadas, mas naquela época seria quase impossível.
Vamos ver o que você conhece de cinema em 1931? Bom, no livro Huxley narra cenas de cinema sensível (onde você sente as cenas, um beijo, um toque, etc). Ora é isso que o cinema está buscando, em 2012, salas que emitem cheiro, imitam o ambiente do filme já estão sendo desenvolvidas, palmas para o Huxley.
Bom isso é só um grão de areia das projeções dele, muitas outras ocorrem naquele admirável mundo novo, onde as pessoas são condicionas em classe, onde a palavra liberdade não existe, não por ser reprimida, mas por ninguém a ter experimentado, a moralidade do século XXI é tida como repugnante. Sentir dor, amar, ter filhos e todas as emoções são totalmente cômicas, dispensáveis e odiadas.
Tem um texto que circula pela internet chamado “Decálogo de Lênin”, cada dia que passa esse texto faz mais sentido para mim, cidadão brasileiro, consegui estabelecer uma comparação entre o Decálogo e o Admirável mundo novo, os dois são de fácil entendimento, mostram uma perspectiva espantosa, porém possível.
No prefácio do autor, neste livro, tem uma parte que ele diz: “Por enquanto estamos na primeira fase do que talvez seja a penúltima revolução. Sua fase seguinte pode ser a guerra atômica, caso em que não nos precisaremos preocupar com profecias sobre o futuro”.
O cara me diz “galera, vai explodir uma bomba e ferrar com tudo, se liga só”. Não preciso explicar pra vocês que alguns anos depois duas bombas explodiram sobre o território do Japão né queridos (Huxley gênio, vidente)? E também não preciso explicar pra vocês que se seguir assim as profecias de daqui a 600 anos (escritas no livro) não ocorrerão né? Bom se eu fosse você, tiraria um final de semana para ler esse livro e dizer “Huxley você é fantástico, te amo, me beija, só que sem a parte do beijo”.